Um paciente com câncer terminal de próstata teve remissão total após passar por tratamento desenvolvido pelo médico brasileiro Marc Abreu. Na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, o pesquisador desenvolveu uma técnica inovadora que consiste na indução de proteínas de choque térmico por meio do aumento de temperatura pelo cérebro. Segundo Abreu, a redução na expressão dessa proteína está associada ao desenvolvimento de câncer e ao envelhecimento. O paciente de 66 anos não teve efeitos colaterais e não passou por outros tratamentos, como quimioterapia.
Após a grande repercussão da proposta inovadora de um tratamento desenvolvido por um brasileiro, em que um paciente com câncer terminal teve remissão total da doença, eis alguns esclarecimentos… O paciente foi tratado com a tecnologia BTT, que consiste na indução de proteínas de choque térmico por meio de aumento da temperatura, de maneira controlada, pelo cérebro, tratamento inovador desenvolvido pelo médico Marc Abreu. Dr. Abreu é neurocientista, formado pela UNIFESP, especialista em termodinâmica cerebral e descobriu o túnel térmico cerebral (BTT) em Yale. Ele é o inventor do sistema Abreu BTT 700 aprovado pela FDA. Seu sistema utiliza frequências termorregulatórias e IA para desenvolver tratamentos moleculares por meio da indução de proteínas de choque térmico guiada pelo cérebro. As proteínas de choque térmico (HSPs) participam de processos de dobramento e maturação de proteínas e desempenham papéis essenciais nos cânceres, pois estão implicados em uma variedade de atividades relacionadas ao câncer, como proliferação celular, metástase e resistência a medicamentos anticâncer. As HSPs são altamente conservadas em todas as células de mamíferos e participam do controle de qualidade da proteína, promovendo o dobramento preciso de proteínas recém-sintetizadas e o redobramento de proteínas desnaturadas sob mudanças repentinas de temperatura. Estudos mostraram níveis anormais de expressão de HSPs em diferentes tipos de câncer, incluindo câncer de próstata, bexiga, mama, ovário, colorretal e pulmão. Os mecanismos pelos quais as HSPs regulam a proliferação, invasão, metástase e evasão da apoptose de células cancerígenas foram investigados, e portanto, o direcionamento de HSPs foi sugerido como uma estratégia potencial para a terapia anticâncer. Essas proteínas facilitam o dobramento de proteínas e mantêm estruturas de proteínas que regulam o metabolismo celular que são essenciais para a sobrevivência e proliferação celular. Ao mesmo tempo, as células cancerígenas sequestram os papéis protetores dos HSPs durante a carcinogênese. O uso de HSPs como antígenos-alvo ou ativadores das respostas imunes é uma nova estratégia para regular imunoestimulantes. Edit (08/05/2023) Para deixar mais claro sobre a grande repercussão e polêmica gerada sobre o assunto, novas opções de tratamentos geram grandes expectativas e ansiedade em quem sofre de determinadas patologias e também em seus familiares, mas é válido destacar que toda nova opção terapêutica deve passar por uma criteriosa etapa de ensaios clínicos com estudos multicêntricos, para avaliação da eficácia e segurança da nova proposta de tratamento.
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