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Safra de trigo sob pressão: Excesso de chuvas e doenças fúngicas geram preocupações

De acordo com o boletim semanal da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as plantações de trigo no Brasil enfrentam desafios variados em diferentes regiões do país. Até o momento, 29% da safra já foi colhida, mas as preocupações estão particularmente concentradas no Sul do país, onde chuvas excessivas e a falta de horas de sol têm causado complicações.

No Rio Grande do Sul, as lavouras mais precoces já estão demonstrando os impactos das condições climáticas adversas. Doenças fúngicas estão se manifestando com intensidade, e os tratamentos, em muitos casos, não têm sido eficazes. O solo encharcado tem impedido as operações de manejo. No entanto, há um alívio para os produtores, já que as lavouras que recentemente entraram na fase reprodutiva apresentam níveis menores de doenças.

No Paraná, mesmo durante a fase predominante de enchimento de grãos e maturação, também existem desafios. Altas temperaturas e chuvas recentes, acompanhadas de ventos fortes, causaram danos, incluindo o tombamento de algumas áreas.

Em Santa Catarina, onde mais da metade das lavouras está no estágio de desenvolvimento vegetativo e floração, casos de doenças fúngicas foram detectados, mas os produtores agiram rapidamente com tratamentos e continuam a aplicar cuidados culturais e preventivos.

Minas Gerais, por outro lado, traz boas notícias, com o progresso da colheita e, em geral, uma alta qualidade do produto. Embora haja perdas de qualidade em algumas áreas destinadas à ração animal, a maioria dos grãos apresenta um padrão excelente. São Paulo, à medida que a colheita avança, está começando a enfrentar sinais de doenças como o oídio e a ferrugem, mas, até o momento, essas doenças não causaram danos significativos.

Em Goiás, as lavouras irrigadas estão na fase final de colheita, enquanto no Mato Grosso do Sul, o calor intenso tem contribuído para a perda de umidade nos grãos, o que é positivo para as lavouras em maturação que passaram pelas fases de desenvolvimento com condições climáticas favoráveis.

Finalmente, na Bahia, a colheita revela produtos de excelente qualidade, e os produtores estão acelerando o processo visando ao plantio antecipado da soja.

De acordo com o boletim semanal da Conab, os números mais recentes fornecem uma visão atualizada do avanço da colheita de trigo em diferentes estados brasileiros até o dia 24 de setembro de 2023.

Ao analisar o panorama consolidado desses oito estados, nota-se um avanço de 22,8% na semana anterior para 29,0% até 24 de setembro, representando um progresso superior ao registrado em 2022, quando 18,7% da safra foi colhida no mesmo período.

Em Goiás, o progresso foi notável, com a colheita avançando de 85,0% para 95,0% em comparação com a safra de 2022, que atingiu 100,0%.

Minas Gerais acompanhou com um avanço de 84,0% na semana anterior para 93,0% nesta semana, um ritmo semelhante ao registrado em 2022, quando alcançou 97,0%.

No estado da Bahia, houve um crescimento expressivo, de 60,0% para 80,0% em apenas uma semana, embora ainda esteja 15% atrás em relação à safra de 2022.

As operações de colheita no Rio Grande do Sul devem começar nas próximas semanas, pois o estado tem uma semeadura mais tardia.

No Paraná, a colheita já atingiu 48,0% até 24 de setembro, o que representa um ritmo 20% mais rápido do que na safra de 2022.

Santa Catarina iniciou timidamente a colheita, subindo de 0,0% na semana anterior para 2,0%, um cenário semelhante ao do ano anterior.

Em São Paulo, os números permaneceram estáveis entre as semanas, mantendo-se em 35,0%.

No Mato Grosso do Sul, a colheita já está perto da conclusão, passando de 97,0% para 98,0%, em linha com a safra de 2022.

Essas informações foram obtidas no boletim de Progresso de Safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

 FONTE/CRÉDITOS: Da Redação – Agrolink

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