Entenda como agem os Piratas da Soja e como evitar ser uma vítima
A ação de quadrilhas especializadas no desvio, furto e roubos de cargas de grãos, se intensificou nos últimos meses com o aumento no preço da soja e do milho.
Essas organizações criminosas agem de modos distintos buscando se esquivar da polícia.
Desvio de cargas:
Utilizando caminhões e carretas clonados, criminosos se passam por caminhoneiros para conseguirem carregar as cargas em fazendas ou em empresas de armazenagem e beneficiamento de grãos.
Após o carregamento, os criminosos desviam a carga e desaparecem. Como os dados informados sobre o veículo e o motorista são falsos, a polícia tem dificuldade em identificar esses criminosos.
Assaltos falsos:
Essa modalidade de desvio de cargas aumentou consideravelmente nos últimos meses e chamou a atenção da polícia em diversos estados.
Durante o transporte de cargas de grãos, motoristas desviam o produto para outro destino e procuram a polícia, informando terem sido vítimas de um assalto.
Na última quarta-feira(11), cerca de 15 motoristas foram presos em Goiás acusados de desvio de carga e falsa comunicação de crime.
Geralmente, as quadrilhas aproveitam a situação financeira de motoristas desempregados para convencê-los a participar dessas ações.
Entrega de carga diferente
Apesar de ser pouco comum, essa prática criminosa também já gerou prejuízos milionários à empresas e produtores rurais.
Basicamente, o motorista carrega uma carga, geralmente de soja, com destino à um porto, terminal ferroviário ou empresa de armazenagem.
No meio do caminho, a carga de soja é substituída por outra carga de menor valor.
Nesse caso, funcionários do local onde a carga será recebida, também fazem parte do esquema e recebem o produto de menor valor como se fosse soja.
O lucro dos criminosos chega a 70% do valor da carga.
Em agosto do ano passado, a Polícia Civil desarticulou uma quadrilha que contava com a participação de funcionários do terminal ferroviário da Rumo, em Rondonópolis.
Fonte: jornal caminhoneiro