Armas utilizadas em assalto a carro-forte no RS foram compradas legalmente por atirador desportivo de Getúlio Vargas, diz polícia
Segundo investigação, criminosos cooptaram homem com registro de Caçador, Atirador e Colecionador (CAC) junto ao Exército. Número de CACs no RS triplicou em cinco anos. Assalto aconteceu em Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Investigações da Polícia Civil indicam que armas utilizadas por criminosos em um assalto a um carro-forte em Guaíba, na região Metropolitana de Porto Alegre, em dezembro de 2021, foram adquiridas legalmente. O comprador foi um atirador desportivo que recebeu dinheiro da quadrilha apontada como responsável pelo ataque. Ele obteve um fuzil e três pistolas, repassados ao grupo.
O homem cooptado tinha registro de Caçador, Atirador e Colecionador (CAC) junto ao Exército, afirma o delegado João Paulo de Abreu. O indivíduo chegou a ser preso temporariamente em fevereiro, mas foi solto.
“Primeiramente, o homem ganhou R$ 2 mil pela compra do fuzil e de uma arma curta. Após, foi aliciado para que comprasse outras armas curtas não tendo recebido nada para tal, tendo em vista que foi ameaçado de morte”, diz.
O homem é morador de Getúlio Vargas, município de 16,1 mil habitantes a 340 km de Porto Alegre, no Norte do RS. As armas curtas foram compradas e entregues em 2020 e ao longo de 2021, segundo a polícia. Já o fuzil foi comprado em agosto de 2021. No entanto, a investigação acredita que houve uma tentativa anterior de compra do mesmo armamento por outro indivíduo um ano antes.
Com a prisão do indivíduo, a polícia conseguiu chegar a outras quatro pessoas, que tiveram as prisões temporárias decretadas. Eles foram indiciados por comércio ilegal de arma de fogo e organização criminosa.
Três deles, dois homens e uma mulher, atuavam juntos sob comando do quarto preso na cooptação de “laranjas”. Os alvos dos criminosos eram forçados a fazer a documentação necessária e a compra dos armamentos que seriam desviados.
Segundo a Polícia Civil do RS, o Exército Brasileiro forneceu informações consideradas determinantes para a investigação, por meio do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados.
-G1