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Bombeiros do RS deixarão de eliminar abelhas em caso de atendimento a enxames

O Procedimento Operacional Padrão (POP) do Corpo de Bombeiros Militar gaúcho (CBMRS) vai ser alterado em caso de atendimento a ocorrências que envolvam abelhas no Rio Grande do Sul. A mudança ocorre após um inquérito instaurado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), na Promotoria de Defesa do Meio Ambiente, que apura os danos provocados à natureza em decorrência do extermínio de enxames nesse tipo de procedimento dos Bombeiros do RS.

A investigação teve como base a denúncia de que as práticas da corporação feriam os princípios do ‘Tratado de Preservação das Abelhas’, ao qual o Brasil é signatário, ao lado dos demais países membros do G5 (México, Índia, África do Sul e China). O documento assinado pela organização internacional de potências emergentes prevê que, pelo fato de as abelhas desempenharem papel fundamental para o cultivo de determinados alimentos, a eliminação dos enxames representa risco à nutrição em nível global.

O inquérito constatou que a prática de extermínio de abelhas era comum no atendimento de ocorrências pelo Corpo de Bombeiros de Porto Alegre, mesmo havendo possibilidade de remanejo dos insetos para um local de preservação. Com a alteração, o novo procedimento consiste em orientar o bombeiro a executar ações de remoção de enxames e, se não houver riscos, solicitar a presença de apicultores cadastrados na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural. A eliminação dos insetos deve ser adotada apenas em casos de urgência.

De acordo com o promotor responsável pelo inquérito, já arquivado, as averiguações permitiram revisar as práticas da corporação internalizando sugestões de professores universitários especialistas no assunto.

*Com informações do Ministério Público

Por Leouve

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