Investigadores da 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte) prenderam um casal acusado de espancar, estrangular e matar uma criança de apenas 1 ano. A menina Yasmin Sophia Moura Boudoux da Silva morreu na tarde de 13 de fevereiro deste ano. Inicialmente, o óbito foi tratado como decorrente de queda do berço em que a pequena dormia, numa residência localizada em Samambaia.
No entanto, o inquérito instaurado para apurar as circunstâncias da tragédia sofreu reviravolta quando o resultado do laudo cadavérico produzido pelo Instituto Médico Legal (IML) apontou que Yasmin havia sofrido várias lesões graves, como fraturas nas costelas e na perna.
A mãe da criança e o padrasto foram alvo de prisão temporária nessa terça-feira (4/5).
Além das fraturas, a garotinha tinha várias lesões no pescoço, que pode indicar sinais de estrangulamento. O que chamou a atenção dos investigadores foi o fato de o exame ter sugerido que as lesões ocorreram em períodos distintos da curta vida da bebê, o que aponta sessões contínuas de espancamento e maus-tratos.
A PCDF não informou o nome dos presos, mas o Metrópoles apurou que a mãe do bebê foi identificada como Cecília Raquel Boudoux da Silva, 23 anos. O padrasto não teve o nome confirmado pela reportagem.
Queda do berço
No dia em que Yasmin morreu, o padrasto acionou uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). No momento do socorro, o suspeito estava na companhia de outros dois filhos da mulher, uma menina de 5 anos e um garoto de 2, frutos de relacionamentos anteriores. Cecília não estava em casa.
De acordo com o delegado-chefe da 26ª DP, Rodrigo Larizzartti, a prisão temporária de 30 dias do casal servirá para preencher lacunas na investigação. “A apuração segue para determinar se o caso será tratado como homicídio ou maus-tratos com resultado morte. No entanto, com certeza, a criança sofreu uma série de agressões em momentos distintos antes de morrer”, explicou.
Os outros dois irmãos de Yasmin foram encaminhados para a Delegacia Especial de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) a fim de serem ouvidos em depoimento especial. As oitivas também serão importantes para finalizar a investigação.
Créditos: Metrópoles