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Dia Nacional de Combate ao Glaucoma é época de prevenção

Uma doença crônica, silenciosa e que não tem cura, mas que na maioria das vezes pode ser controlada com tratamento adequado. De acordo com The Glaucoma Foundation, no mínimo 90% dos casos de glaucoma não levariam a cegueira se fossem diagnosticados e tratados de forma apropriada. Infelizmente, menos de 50% das pessoas com glaucoma são diagnosticadas, pois a doença na maioria dos casos não apresenta sintomas. No dia 26 de maio foi instituído o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, justamente para alertar as pessoas da importância do diagnóstico precoce e sobre a doença.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80 milhões de pessoas devem ter glaucoma no mundo até 2020, o que reforça a campanha de prevenção. Segundo o médico Celso Boianovsky, do Oftalmed – Hospital da Visão, é imprescindível conscientizar a população da importância da detecção do glaucoma ainda no estágio inicial. “A alteração da pressão intraocular é um dos indicativos de que pode haver algo errado no olho, e é também um dos principais exames para detecção do glaucoma”, conta.

O médico Jonathan Lake, também da Oftalmed, explica que fatores de risco são: histórico familiar, pressão intraocular elevada, idade acima de 50 anos, diabetes, uso prolongado de corticoides, presença de lesões oculares e descendência negra. Só o diagnóstico precoce pode controlar o glaucoma e evitar a cegueira. “O tratamento muitas vezes é simples, à base de colírios, mas atividades físicas e boa alimentação também ajudam. Em alguns casos é possível fazer intervenções cirúrgicas para tratar o problema”, ressalta.

A Sociedade Brasileira de Oftalmologia recomenda consultas anuais a todos que já têm 40 anos ou mais. O oftalmologista completa que por ter um caráter hereditário, quem tem histórico familiar deve consultar um oftalmologista mais assiduamente. “Quando detectado em exames, pode ser controlado”, lembra o especialista. E completa: “É importante compreender que apesar de ser mais comum após os 40 anos, pessoas jovens e até crianças podem apresentá-lo. Traumas, problemas congênitos e até mesmo a etnia podem contribuir para o aumento da pressão ocular”, explica o médico.

“As pessoas deveriam visitar o oftalmologista pelo menos uma vez ao ano para fazer exames de rotina, assim muitas doenças poderiam ser evitadas. Mas a desinformação faz com que as pessoas só procurem o médico quando já apresentam uma queda na qualidade de visão”, completa Lake.

Fonte: Jornal de Brasília

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