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Inverno contribui para o aumento dos problemas no quadril

Na segunda-feira (21), teve início o inverno. A estação mais gelada do ano traz belas paisagens, uma gastronomia apetitosa e roupas mais quentes para ajudar quem precisa sair de casa a aguentar os ventos e o clima de uma maneira mais aquecida. Mas, além disso, o inverno é marcado por diversos problemas de saúde que exigem muitos cuidados da população, entre eles o aumento no número de casos de problemas nos quadris.

De acordo com o médico Júlio Rigol, membro da Sociedade Brasileira do Quadril, a estação tende a aumentar as queixas dos pacientes. ‘‘Quem tem artrose do quadril, por exemplo, normalmente relata piora das dores em dias frios devido à diminuição do fluxo sanguíneo pela constrição vascular e aumento da sensibilidade nas terminações nervosas da articulação’’, diz Rigol.

Segundo o especialista, um dos motivos para o aumento de dores é a falta de exercícios físicos. ‘‘No inverno, as pessoas tendem a ficar mais encolhidas e mais em casa, causando um desconforto muscular devido ao pouco uso do membro acometido em dias de baixas temperaturas’’, afirma o médico. “Por isso, mesmo no frio, é preciso continuar fazendo exercícios e, antes disso, aquecer bem o corpo com alongamentos”, complementa.

Outra dúvida de dezenas de pacientes é o local da dor: como saber se o que está doendo é o músculo ou o osso do quadril? Para o doutor Júlio Rigol há uma diferença bem definida. ‘‘A dor articular no quadril pode ser percebida porque está relacionada ao movimento, ou seja, quando a pessoa vai caminhar, acaba sentindo uma dor de ‘queimação’ na virilha, que pode ou não irradiar para a coxa e joelho e, às vezes, para a perna’’, destaca o médico. ‘‘Já quando é no músculo, a dor fica geralmente restrita ao músculo acometido, piorando à palpação do mesmo, podendo apresentar rigidez muscular’’, afirma.

Tratamento

Para auxiliar na melhora das dores durante o inverno, é preciso não abandonar os exercícios, mas, caso elas persistam, é preciso procurar um médico especializado para ter um tratamento adequado. ‘‘A fisioterapia faz parte do tratamento de patologias degenerativas do quadril e é preciso que um especialista faça o acompanhamento da melhora do paciente’’, finaliza Rigol.

Impacto na saúde das crianças

A pandemia da covid-19 trouxe o isolamento social e, com ele, o afastamento de milhões de crianças das escolas e das atividades físicas como aulas de esportes. Por conta disso, especialistas têm ficado atentos ao possível aumento no número de casos de problemas nos quadris dos pequenos. Segundo estudos da área de biomecânica, focados na postura, é comprovada a relação entre ficar longos períodos em uma mesma posição (sentado, por exemplo), com possível desenvolvimento de problemas no quadril.

De acordo com o especialista da Sociedade Brasileira do Quadril, o médico Ângelo Lima, é possível que as dores no quadril sejam reflexo da má postura das crianças. ‘‘Não manter uma postura correta pode trazer prejuízos ao quadril’’, diz Lima. ‘‘Isto está relacionado, principalmente, ao desequilíbrio muscular, com encurtamento dos posteriores da coxa e dos flexores do quadril’’, afirma. Devido à essa preocupação, o especialista alerta aos pais. ‘‘É preciso insistir para que as crianças façam intervalos periódicos, levantando-se, fazendo alguma caminhada, mesmo que dentro de casa, e algum exercício de alongamento’’, destaca o médico.

Recuperação

Caso haja problemas passíveis de tratamentos médicos, é possível que diversos casos sejam revertidos. Outro fator que pode ajudar na recuperação das crianças é o desenvolvimento. Segundo o especialista da SBQ, isso se dá por conta da elasticidade. ‘‘As crianças possuem uma capacidade de elasticidade maior que a dos adultos, o que contribui para uma melhora mais rápida’’, salienta.

O médico alerta, ainda, que, caso as dores persistam, é preciso procurar a ajuda de um especialista para corrigir a situação.

 

 

Créditos: Assessoria de imprensa

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