Menino de 7 anos gasta mais de R$ 9 mil reais em uma hora de jogo pelo celular
Pai de três filhos pequenos, o médico galês Muhammed Murtaza decidiu no mês passado, ceder ao pedido do filho Ashaz, de sete anos, e emprestou seu celular para que o menino se divertisse com um jogo online enquanto ele cochilava. Uma hora mais tarde, quando pegou de volta o celular, Murtaza, percebeu que haviam sido feitas diversas transações em sua conta bancária com o valor total de R$ 9 mil reais.
Inicialmente, o médico acreditou ter sido vítima de uma fraude. Mas quando verificou seu e-mail, encontrou recibos do game para celular ‘Dragons: Rise of Berk’, que o pequeno Ashaz havia pedido para jogar. Ansioso para progredir no jogo, o menino aceitou as ofertas que apareceram no app e fez diversas compras com valores entre R$ 12 e R$600.
“Nunca pensei que seria possível gastar tanto em um jogo para crianças – a classificação desse game é para quem tem acima de 4 anos”, disse Murtaza, 41, que mora com sua esposa, Fatima, 37, e os filhos Ashaz, Areefa, 11, e Aliyah, de um ano, no País de Gales, ao Daily Mail. “As compras por dia são ilimitadas. Você poderia clicar em ‘comprar’ 10 mil vezes e gastar um milhão de libras em meia hora”.
Apesar de contestar os gastos, Murtaza conseguiu recuperar apenas R$ 1400 do valor. “Quase estourou o limite do meu cartão de crédito. Quando você tem três filhos pequenos, não fica com muito dinheiro sobrando”, afirmou.
O sentimento de Murtaza é familiar aos pais que já passaram por situações parecidas. Atualmente, muitos games podem ser baixados de graça, mas para progredir ou conseguir itens raros, é necessário investir dinheiro de verdade. Em nota, a Associação de Produtores de Entretenimento Interativo do Reino Unido, afirmou que “indústria de games leva a sério sua responsabilidade com os jogadores de todas as idades, especialmente no que diz respeito aos gastos com jogos”. “Pedimos aos pais e responsáveis que usem os controles disponíveis em todos os dispositivos para ajudar a gerenciar ou impedir compras em games, evitando gastos acidentais. Recomendamos que verifiquem classificações etárias e serviços como o Family Game Database para obter informações sobre quais games contêm compras disponíveis dentro do jogo”, disse.
Créditos: Revista Crescer