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Mulher encontra cobra dentro de couve-flor enquanto cortava legume em SC

Jararaca-dormideira chegou a subir na mão da mulher, que chamou o resgate em Porto Belo. Espécie não é venenosa.

Uma jararaca-dormideira foi encontrada dentro de uma embalagem de couve-flor em Porto Belo, no Litoral Norte catarinense, nesta quinta-feira (30). Segundo o grupo de resgate que atuou na ocorrência, a moradora encontrou a cobra no momento em que ia cortar o legume. A espécie não é venenosa.

“A cobra subiu em sua mão, onde rapidamente soltou a hortaliça e embrulhou em uma sacola plástica”, informou o Grupo de Operações e Resgate.

O animal é uma Dipsas mikanii e, segundo o biólogo Christian Raboch, é considerada juvenil. Animais desta espécie podem chegar a 50 centímetros.

“Ela se alimenta de lesmas e caracóis. Por isso estava ali dentro”, explica o biólogo.

Após ser capturada, a cobra foi encaminhada para o sítio de reabilitação do Grupo de Operações e Resgate, onde será examinada e, posteriormente, solta em seu habitat natural.

Na terça-feira (28), um registro semelhante foi feito em Florianópolis. Em 2020, uma moradora de Brusque, no Vale do Itajaí, encontrou uma cobra dentro de uma embalagem de brócolis.

Inofensiva

De acordo com Raboch, a cobra encontrada é inofensiva. Porém, ela pode ser confundida com uma jararaca, que é venenosa e uma das principais responsáveis por acidentes com picadas no Brasil.

Ao contrário das dormideiras, as jararacas (Bothrops jararaca) possuem um padrão escuro em formato de “V” pelo corpo. Outra diferença, de acordo com o especialista, é que a jararaca conta com uma fissura entre os olhos e a narina, chamada de fosseta loreal.

“No começo, é difícil diferenciar, pois se tratam de serpentes marrons. Claro que, muitas vezes, as pessoas não vão reparar nisso, mas é interessante destacar”, explicou.

Ainda de acordo com Raboch, enquanto as dormideiras crescem até cerca de 50 centímetros, as jararacas podem chegar até 1,40 metro.

O que fazer em caso de picada?

Caso seja picado por uma cobra, não se deve amarrar o local. Segundo o biólogo Christian Lempek, o torniquete pode aumentar o risco de necrosar o local e resultar até em amputação;
não se deve cortar o local, fazer perfurações ou sucção;
o local da picada deve ser lavado com água e sabão;
a vítima deve ser levada o mais rápido possível ao hospital;
é importante tentar identificar a serpente (pode ser por foto, se possível) pois isso facilitará para escolha do soro antiofídico a ser aplicado.
Onde ligar?
Entre em contato com os Bombeiros (193) ou com a Polícia Ambiental da sua cidade (190);
Em caso de acidente com serpente, entre em contato com o Samu (192), os Bombeiros (193) ou se dirija ao hospital público mais próximo;
Em caso de dúvidas ou orientações sobre procedimentos de primeiros socorros, ligue para o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC), pelo telefone: 0800 643 5252.

Com informações G1 SC

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