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Novos termos do WhatsApp não podem mais ser ignorados a partir deste sábado (15)

Depois de alguns adiamentos e muitas polêmicas envolvendo a atualização dos termos de privacidade do WhatsApp, começa neste sábado (15) a vigência da nova política da empresa. Conforme o Olhar Digital divulgou anteriormente, as contas dos usuários que não aceitarem os novos termos não serão excluídas. Entretanto, de acordo com o The Guardian, a adesão dos usuários é fundamental para o Facebook.

Por isso, a empresa anunciou que os usuários que se recusarem a aceitar os novos termos de serviço vão, gradativamente, perder totalmente o acesso ao WhatsApp.

A partir deste sábado, eles não poderão mais dispensar a tela que solicita o aceite aos novos termos, embora ainda possam receber ligações e responder às mensagens por meio de notificações.

Com o tempo, no entanto, até mesmo isso será desativado, deixando aos usuários apenas duas opções: aceitar as novas regras ou excluir totalmente suas contas.

A empresa afirma que as mudanças reais são pequenas e que a onda de pânico dos usuários foi impulsionada mais pela disseminação de desinformação (ironicamente, por meio do próprio aplicativo de mensagens) do que por quaisquer preocupações razoáveis.

Mas, segundo analistas, a aceitação das regras é crucial se o Facebook quiser atingir seu objetivo: transformar o serviço em um “aplicativo para tudo”, por meio do qual os usuários podem conversar não apenas com amigos, colegas e familiares, mas também pedir comida, pagar contas de serviços públicos e entrar em contato com serviços públicos essenciais. Tal como acontece com o equivalente oriental WeChat.

Embora tenha havido uma reação imediata dos usuários, com milhões de inscrições em empresas rivais de mensagens e até mesmo solicitação de impedimento junto ao Supremo Tribunal de Delhi, na Índia, o WhatsApp avançou com os trâmites.

Estatísticas apontam que usuários permanecerão no WhatsApp
Apesar de todo o “barulho”, pesquisas apontam que o aplicativo não sofrerá perdas significativas de usuários. No Reino Unido, 95% da população usa o WhatsApp, mas somente uma em cada quatro pessoas está ciente das mudanças nos termos e condições, de acordo a plataforma de pesquisa global Appinio. E mais: menos de 15% dizem que não “querem” mais usar o WhatsApp por causa das mudanças planejada.

Em outubro do ano passado, o Facebook anunciou, pela primeira vez, seus planos de atualizar o WhatsApp: um novo conjunto de recursos permitiria que as pequenas empresas carregassem seus catálogos direto para o aplicativo, fazendo com que qualquer usuário enviasse mensagens para uma empresa, navegasse em seus produtos e concluísse uma compra, tudo sem precisar sair do app.

Mas quando a mudança foi apresentada para os usuários, em janeiro deste ano, instalou-se o pânico, levando a milhões de novas inscrições para serviços concorrentes, como Signal e Telegram, o que gerou um atraso de três meses nos planos.

Apesar disso, porém, Daniel O’Connell, vice-presidente da área de pesquisas da Gartner, empresa especializada em pesquisas, consultorias, eventos e prospecções do mercado de Tecnologia da Informação, prevê sucesso.

“O triunfo do WhatsApp Business API diferencia ainda mais o WhatsApp de ofertas concorrentes, tornando-o ainda mais valioso, onipresente e difícil de ser substituído. O WeChat provou o valor do uso de aplicativos de mensagens para negócios”.

O’Connel não descarta o abuso do Facebook. “Obviamente, o uso indevido (real e percebido) de informações pela empresa mãe existe. Mas o aplicativo é onipresente, barato, prático e intuitivo. Portanto, a grande maioria dos usuários de smartphones de 5 a 95 anos – do início ao fim – usa rotineiramente o WhatsApp. ”

 

Fonte: Olhar Digital

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