‘Onde estão mãe e pai?’: menino acorda de coma e pergunta dos pais, mortos em teleférico
O israelense Eitan Biran, de 5 anos, sobreviveu à queda de um teleférico em Stresa, na região do Piemonte, na Itália. O acidente ocorreu no último dia 23, e vitimou 14 pessoas. Até então, pelo menos três pessoas foram presas envolvidas no caso.
Quando acordou do coma, as suas primeiras palavras foram ‘Onde estão minha mãe e meu pai?”. Dentre as 14 vítimas fatais, estão o irmão mais novo, avós e os pais de Eitan. As informações são do jornal Daily Mail.
A situação do menino inspira cuidados. Neste sábado (29), ele respirava sem aparelhos, mas ainda tinha dificuldades para falar. Ele está internado no Regine Margherita Children’s, em Turim, Capital de Piemonte.
Os cuidados são realizados pela tia do menino, de 41 anos. Não foi informado se ele já sabe da morte dos familiares. A criança recebeu presentes da equipe de resgate, e três famílias se prontificaram para adotá-lo, detalha o Daily Mail.
A mãe e o pai tinham 26 e 30 anos, respectivamente. Os avós contavam com 81 e 71 anos. O irmão tinha apenas dois anos.
Investigação
Na última quinta-feira (26), foram presos Luigi Nerini, gestor da empresa Ferrovia do Mottarone, que tinha a administração do teleférico, e o engenheiro Enrico Perocchio.
A Procuradoria de Verbânia descobriu durante as investigações que o freio de emergência, chamado de “garfo” e que fica na cabine, não foi ativado propositalmente para evitar que toda a estrutura do teleférico ficasse paralisada por muito tempo.
As procuradoras Olimpia Bossi e Laura Carrera e o comandante provincial da Arma dos Carabineiros de Verbânia, tenente coronel Alberto Cicognani, informaram que os três detidos confirmaram a ação deliberada e disseram que o equipamento estava com problema há cerca de um mês e meio.
“Havia um mal funcionamento no teleférico, foi chamada a manutenção, que não resolveu o problema ou o resolveu em parte. Para evitar novas interrupções do serviço, eles escolheram não ativar o ‘garfo’, o que impediu que o freio de emergência entrasse em funcionamento”, disse Cicognani à “RAI Tre”.
Como o sistema de freios de emergência não foi ativado no momento em que um dos cabos da estrutura se rompeu, a cabine acabou descendo a mais de 100km/h e, ao chegar no primeiro poste que segurava a estrutura, foi lançada ao ar por 54 metros, caindo próxima a um bosque após rolar no chão por alguns metros.
Créditos: ND+