Retomada da umidade no solo favorece plantio da soja que já chega a 80% no RS
O período de 22 a 28/11 se caracterizou pelo predomínio de temperaturas elevadas e tempo seco, com precipitações de duração e intensidade variada no Estado do Rio Grande do Sul. De acordo com o Informativo Conjuntural, produzido e divulgado nesta quinta-feira (2) pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a retomada da umidade dos solos favoreceu o plantio da soja que já alcança 80% no Rio Grande do Sul, estando em sua totalidade em germinação e desenvolvimento vegetativo.
O acumulado de chuvas registradas nas últimas semanas, somado com as de 22 a 28/11 ajudaram nas práticas culturais e favoreceram os cultivos em floração e enchimento de grãos do milho. E já inicia a maturação das lavouras semeadas no cedo do RS. O plantio chega a 88% da área total estimada no Estado, estando 47% em germinação e desenvolvimento vegetativo, 26% em floração, 26% em enchimento de grãos e 1% já em maturação.
A colheita do trigo avançou para 98% das lavouras, ou seja, 1,09 milhão de hectares. Em geral, o balanço dessa safra é positivo no Estado, com boa produtividade e qualidade do produto, além da boa remuneração. Os 2% restantes estão em fase de maturação.
Olerícolas
Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, as condições climáticas foram adequadas, com exceção do forte calor, especialmente na Fronteira Oeste. Em Uruguaiana, com a elevação das temperaturas, o ciclo das culturas em ambiente protegido se reduziu, mas aumentou a incidência de insetos, com destaque para tripes nas folhosas e lagartas e pulgões na cultura do pimentão. Na Campanha, as chuvas dias 25 e 28/11 foram benéficas para as lavouras de coentro e cebola para sementes, considerando que o teor de umidade nos solos estavam se reduzindo consideravelmente, devido às altas temperaturas e aos ventos fortes constantes.
Nos próximos dias devem ser realizadas as últimas pulverizações de fungicidas nas lavouras de cebola, com colheita prevista para a segunda quinzena de dezembro. As de coentro estão entrando na fase de maturação, a colheita deve se iniciar a partir desta sexta-feira (3). A expectativa de rendimento é de 1.500 quilos por hectare, considerada muito boa, porém o receio é de que haja redução de preços, maior quebra no beneficiamento e resultados inferiores nos testes de germinação, situações que ocorrem frequentemente em safras com grande produção.
Frutícolas
Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, segue colheita do melão; lavouras apresentam diminuição da incidência de míldio. Iniciou a colheita da melancia no município de Ijuí, que possui a maior área cultivada da região. Frutos com bom calibre e sabor bem adocicado. Cultura do pêssego se encaminha para a final da colheita, com baixa incidência de mosca-das-frutas. Cultivares de morango de dias neutros continuam com boa produtividade e as cultivares de dias curtos com diminuição da produção.
Pastagens
A ocorrência de chuvas favoreceu o rebrote e o crescimento das pastagens em implantação e em estabelecimento. As espécies de verão, tanto as perenes (tífton e jiggs), como as anuais (capim sudão e milheto), aumentaram a oferta de pasto após as chuvas, uma vez que vinham apresentando dificuldade de se desenvolver devido à falta de umidade no solo, somada às altas temperaturas e radiação solar.
Na maior parte das regiões, mesmo com as chuvas, o rebrote do azevém é quase nulo. Os campos nativos vêm aumentando gradativamente sua oferta de forragem, já proporcionando condições de pastejo. Os produtores aproveitaram o retorno da umidade no solo para fazer a adubação nitrogenada em cobertura, visando acelerar o rebrote e o crescimento das forrageiras.
Apicultura
As condições do tempo vêm favorecendo a atividade apícola, com boa movimentação dos enxames, que aproveitam as floradas de primavera para coleta de néctar. As temperaturas mais altas e a retomada da umidade no solo favorecem o desenvolvimento da flora campestre, aumentando a disponibilidade de do pasto apícola.
Entre as atividades realizadas pelos apicultores, estão as roçadas nos apiários e acessos, transferência de enxames capturados das caixas iscas para caixas definitivas, monitoramento de pragas e predadores principalmente formigas, retiradas de traças, instalação de caixas iscas, monitoramento do espaço nas caixas e instalação de melgueiras.
Fonte: Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar